sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A fragilidade das palavras

Pelo som perdido da voz, escrevo ao alcançar da caneta o que me vai na alma adormecida. Sinto, que as letras se perdem na imensidão do papel e eu, olhando para elas desejo-lhes dar um rumo.
Caminhos bem sucedidos, outros menos bons, mas as palavras lançadas pelo som apreendidas pelas linhas beijadas pela mão.
Entre sons perdidos por almas e instintos que mesmo bem distintas se fazem apalavrar pelo amor, pelo desejo surreal, materialismos e ódios, até os antagonismos se revelam nelas perdidas.
Soltas como um beijo, unidas como desejo elas entrelaçam-se e fazem nascer o bom Português.

por Verónica Melo

3 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimos Jovens Poetas

Verónica e Diogo,

Gosto de confessar da felicidade que sinto em saber de jovens nos caminhos da escrita. A partir de agora, torço por vocês. Deixo uma frase minha, a qual, sempre que oportuno envio como inventivo.

"O escritor com sua obra tanto pode ascender num salto, como de degrau em degrau. As duas concedem a ele o mesmo prazer. O de ter escrito".
Boas escritas.

José Silveira
http://www.palavrasdepoeta.blogspot.com

Anônimo disse...

INUTILLIDADES

Escrevo-te no sentido côncavo das palavras.
No mais íntimo de ti, tu sabes que a loucura da felicidade não sustenta a eterna trivialidade do Outono - As flores agora em pó um dia voltarão, as tuas mãos desajeitadamente tão ternas, talvez não.
Deambulo agora na parte mais azul do meu quarto.Essa repartição de finanças onde amortizo as dívidas das minhas projecções Divinas...
Talvez seja apenas um pedaço de Deus avarido, um anjo mutilado, uma nota a mais na sinfonia das lágrimas despercebidas da minha alma...
Olho-te agora como se estivesses arrependida da vida. Ou arrependida de mim. Tanto faz.
Tenho frio.

Quando foi a última vez que bebeste Gin-tónico às 11h00 da manhã? sem gelo!
Quando foi a última vez que lambeste o sangue das memórias inúteis?

Marla disse...

Caros companheiros de palavras,
também eu me aventuro por esse mundo mágico, irreverente e absoluto das palavras.
Sou alguém a quem apetece viver de novo. Falo de um céu e de chão. Falo de tudo um pouco. Às vezes de tudo, outras vezes de pouco. E o olhar move-se! E a paisagem muda!
Guardo a vida no olhar, e adormeço sobre a imensidao do horizonte, enquanto a história se vive, numa rua qualquer, no fim do mundo.
é delicioso o pulsar da emoção frenética no mais fundo de mim, quando me vejo debruçar sobre a plenitude da existência, naquele esboço de cor quente e sonhadora. Quem sabe, à procura de casa. Quem sabe, à procura de mim.
http://pergaminhosolto.blogspot.com